Dados Bibliográficos

AUTOR(ES) Max Maranhão Piorsky Aires
ANO 2012
TIPO Article
PERIÓDICO The Journal of Latin American and Caribbean Anthropology
ISSN 1935-4932
E-ISSN 1935-4940
EDITORA Wiley (Blackwell Publishing)
DOI 10.1111/j.1935-4940.2012.01220.x
CITAÇÕES 2
ADICIONADO EM 2025-08-18
MD5 0ede577929b17ebfafdb8bb915eca987
FORMATO PDF

Resumo

ResumoEm cerca de duas décadas os Tapeba passaram de um grupo sem atenção estatal, pobres, sem escolas e aculturados para a de indígenas sujeitos de direitos e protegidos pelo estado brasileiro. Esta possibilidade não chegou de uma só vez: em meados da decada de 1980 a Teologia da Libertação, na decada de 1990 a escola diferenciada e, em seguida, a implementação da política educacional. Num primeiro momento a transformação da identificação e do lugar político ocupado tornou‐se possível com o apoio de missionários adeptos da Teologia da Libertação, que incentivaram a identificação da população como indígena como uma possibilidade para alcançar direitos, em especial terra, saúde e educação. No entanto, as desconfianças em relação a identidade persistiram e marcaram todo o processo de luta pela terra. Os índios, mais uma vez, entraram na batalha para produção de evidências para o reconhecimento. Um grupo pequeno de lideranças formulou a linguagem de reivindicação das escolas diferenciadas que insistiu na necessidade de exibição pública da cultura e no ensino da identificação para crianças. Esta estratégia articulou as identidades a campos de poder mais amplos que o da luta fundiária na medida em que as lideranças formularam um discurso conectando o problema da auto‐identificação com a disposição do estado em atender demandas estabelecidas com base na diferença cultural num momento em que cresceu a importância mundial da escolarização de crianças como agentes centrais para o crescimento econômico e a internacionalização dos direitos indígenas.

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