Bons chefes, maus chefes, chefões: elementos de filosofia política ameríndia
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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ANO | Não informado |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Revista de Antropologia |
ISSN | 1678-9857 |
E-ISSN | 1678-9857 |
EDITORA | Universidade de Sao Paulo. Museu de Zoologia |
DOI | 10.11606/2179-0892.ra.2011.39649 |
CITAÇÕES | 2 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
Resumo
Este artigo estabelece um diálogo entre mitos ameríndios e o pensamento de Pierre Clastres. Tem por fio condutor figuras de chefes ameríndios presentes na reflexão da antropologia política americanista e na mitologia. Os mitos são aqui tomados como pensamento (cf. Lévi-Strauss), e embora o próprio Clastres opusesse por vezes mito e pensamento, mitos como os que são aqui analisados podem ser lidos como reforço à sua famosa tese da Sociedade contra o Estado. Tais mitos são aqui apresentados, ao lado de outras histórias, como elementos a serem acrescentados à imagem do 'chefe sem poder' ameríndio – e introduzir-lhe certas modulações. Trata-se, finalmente, de defender a necessidade de prosseguir a 'revolução copernicana' proposta por Clastres, não mais em prol de uma teoria geral da política (ou antropologia política, em seus termos), mas para buscar os termos ameríndios de conceber e praticar política, uma filosofia política ameríndia (antropologia política ameríndia?).