Espera, paciência e resistência: reflexões antropológicas sobre transexualidades, curso da vida e itinerários de acesso à saúde
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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ANO | Não informado |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Revista de Antropologia |
ISSN | 1678-9857 |
E-ISSN | 1678-9857 |
EDITORA | Universidade de Sao Paulo. Museu de Zoologia |
DOI | 10.11606/2179-0892.ra.2020.170813 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
Resumo
Este trabalho parte de duas investigações realizadas na cidade de Goiânia (Brasil), sobre o tema do acesso à saúde nos marcos do Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na questão da espera. A primeira delas centrou-se nas narrativas de homens trans e a segunda nas de mulheres trans, acerca de suas trajetórias e dos itinerários terapêuticos implicados na chamada transição de gênero. Nosso argumento é que a espera é uma chave antropológica importante para interpretar tais narrativas. Nosso interesse, assim, é colocar em diálogo elementos etnográficos produzidos nessas investigações, tendo como eixo principal uma discussão em torno das ambivalências e tensões que tais sujeitos estabelecem em relação à espera. Nesse sentido, interessa-nos trazer também elementos de campo a fim de discutir antropologicamente os efeitos que expectativas heteronormativas e cisnormativas acerca do gênero e do curso da vida produzem em seus corpos e em suas vidas.