Resenha: Françoise Vergès. Decolonizar o museu – programa de desordem absoluta
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
---|---|
ANO | Não informado |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Africa |
ISSN | 0100-8153 |
E-ISSN | 2526-303X |
EDITORA | Cambridge University Press |
DOI | 10.11606/issn.2526-303x.i45pe234173 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
Resumo
A resenha analisa o livro 'Decolonizar o museu – programa de desordem absoluta', de Françoise Vergès, publicado no Brasil em 2023. O texto discute as implicações do termo 'decolonizar', contrastando-o com 'descolonizar', e reflete sobre a proposta radical da autora para a transformação dos museus. Vergès argumenta que a descolonização dos museus não pode ser apenas um ajuste institucional ou curatorial, mas deve fazer parte de um programa político amplo que inclua a superação do racismo, do imperialismo e do patriarcado. Destaca-se a crítica da autora à apropriação institucional do discurso decolonial sem mudanças estruturais reais, e sua defesa de um 'programa de desordem absoluta', inspirado em Frantz Fanon. Além disso, comenta-se a relação entre museus, economia e gestão, questionando a viabilidade da descolonização no contexto do capitalismo global. Ao final, destacamos as propostas alternativas de Vergès para um 'pós-museu' e sua visão crítica sobre o uso da linguagem decolonial em narrativas institucionais.