Dados Bibliográficos

AUTOR(ES) M. K. Silva , Rebecca Neaera Abers , Luciana Tatagiba
AFILIAÇÃO(ÕES) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Universidade de Brasília, Brazil, Universidade Estadual de Campinas UNICAMP
ANO Não informado
TIPO Artigo
PERIÓDICO Lua Nova: Revista de Cultura e Política
ISSN 1807-0175
E-ISSN 0102-6445
EDITORA FapUNIFESP (SciELO)
DOI 10.1590/0102-015046/105
CITAÇÕES 3
ADICIONADO EM 2025-08-18

Resumo

Resumo O estudo da participação de movimentos sociais na produção das políticas públicas é uma agenda em franco desenvolvimento no Brasil e na literatura internacional. Neste artigo buscamos colaborar com o desenvolvimento dessa agenda, ao oferecer um modelo analítico para abordar aquilo que a literatura tradicionalmente apreende como 'contexto político', que condicionaria a atuação dos movimentos sociais nas suas tentativas de influenciar o Estado. Partindo de um diálogo crítico com a produção nacional e estrangeira, argumentamos que, em vez de se relacionarem com um contexto objetivado e externo que condiciona sua formação e ação, os movimentos sociais devem ser compreendidos como participantes em relações de interdependência com diversos atores e instituições com quem interagem rotineiramente, constituindo o que denominamos de estruturas relacionais. Na análise das relações entre movimentos sociais e políticas públicas, as estruturas relacionais especialmente relevantes analiticamente são os regimes políticos e os subsistemas de política pública. Nosso argumento é que os movimentos sociais não se relacionam com essas estruturas - conforme se depreenderia de uma formulação contextualista -, mas no interior delas, embora normalmente a partir de uma posição de desvantagem ou marginalização.

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