A maternidade como resistência à violência de Estado
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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AFILIAÇÃO(ÕES) | Pontificia Universidade Catolica do Rio de Janeiro |
ANO | Não informado |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Cadernos Pagu |
ISSN | 0104-8333 |
E-ISSN | 1809-4449 |
EDITORA | Publisher 32 |
DOI | 10.1590/18094449201900550011 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
Resumo
Resumo Este trabalho analisa o movimento de mães que perderam seus filhos, assassinados por policiais militares nas favelas do Rio de Janeiro, como um dos efeitos perversos da política de pacificação das favelas. A luta das mães pela responsabilização e pelo reconhecimento do Estado brasileiro pelas mortes de seus filhos as inscreve em um movimento que mobiliza a maternidade como símbolo central para o engajamento político. É sobre os limites e ambivalências da maternidade que as mães mobilizam as condições para catalisar um espaço de aliança e resistência. A violência perpetrada sobre os filhos também atinge essas mulheres, cujos corpos maternos se tornam protagonistas no enfrentamento à violência de Estado.