Mudança e (re)organização social no artesanato tradicional de trançados do rio Arapiuns, Santarém, Pará
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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AFILIAÇÃO(ÕES) | Universidade Federal do Oeste do Pará, Brasil |
ANO | Não informado |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas |
ISSN | 2178-2547 |
E-ISSN | 2178-2547 |
EDITORA | Museu Paraense Emilio Goeldi |
DOI | 10.1590/2178-2547-bgoeldi-2022-0088 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
Resumo
Resumo A produção de objetos em palha de tucumã é histórica em comunidades às margens do rio Arapiuns, município de Santarém, Pará, e, em 2022, esse saber-fazer foi declarado patrimônio histórico, cultural e imaterial do município. Este artigo aborda mudanças na organização social e na produção artesanal dos trançados do Arapiuns, a partir da experiência da Associação de Artesãos e Artesãs das Comunidades de Nova Pedreira, Vista Alegre e Coroca (AARTA). Entrevistas semiestruturadas, conversas informais e análise de documentos indicaram que, a partir dos anos 2000, diversas instituições passaram a atuar na região, visando à geração de renda e à preservação cultural e ambiental. Essas instituições, juntamente com artesãs, possibilitaram o intercâmbio de saberes-fazeres, as variações na tipologia e no tingimento de peças, a organização formalizada das artesãs, além de mudanças nas formas de produção e comercialização do artesanato. A organização formal do grupo, a atuação da associação e o papel desempenhado por uma artesã específica consolidaram tais mudanças. Nesse processo, a AARTA materializou a valorização do artesanato pelas próprias artesãs e tem impulsionado a colocação dessa atividade em espaços que estimam os atributos de um artesanato tradicional, com melhores preços de venda, além de divulgar e permitir seu reconhecimento enquanto patrimônio municipal.