(Não) Solucionando problemas constitucionais: transconstitucionalismo além de colisões
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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AFILIAÇÃO(ÕES) | Universidade de Brasília |
ANO | 2014 |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Lua Nova: Revista de Cultura e Política |
ISSN | 1807-0175 |
E-ISSN | 0102-6445 |
EDITORA | FapUNIFESP (SciELO) (BR) |
DOI | 10.1590/s0102-64452014000300008 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
Resumo
O artigo discute criticamente o modelo de colisão entre regimes jurídicos e constitucionais à luz da concepção de transconstitucionalismo. Em um primeiro momento, o autor procura afastar-se da ideia em voga de que teria ocorrido a emergência de uma multidão de novas constituições, conforme um uso inflacionário do termo 'constituição'. Em um segundo passo, o artigo faz uma crítica ao modelo de fragmentação de regimes jurídicos e constitucionais, tal como proposto por Gunther Teubner, para apontar a necessidade de tessitura dos fragmentos, na perspectiva de uma razão transversal. Em seguida, o autor expõe o problema transconstitucional do homicídio de crianças recém-nascidas com deficiências, entre os índios Suruahá e outros grupos indígenas, para colocar o paradoxo do transconstitucionalismo além de um modelo ocidentalista e simplesmente cosmopolita de constitucionalismo global. Na observação final, o autor aponta para um caminho que vai além de reconhecer que todo observador tem um ponto cego, para enfatizar uma perspectiva de alteridade em que o ponto de cego de um pode ser visto por um outro, em uma conexão transversal de dupla contingência.