Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil
As Relações Raciais em Itapetininga
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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ANO | Não informado |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Tempo Social |
ISSN | 0103-2070 |
E-ISSN | 1809-4554 |
EDITORA | Universidade de Sao Paulo. Museu de Zoologia |
DOI | 10.1590/s0103-20702007000100015 |
CITAÇÕES | 5 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
MD5 |
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Resumo
Este artigo propõe um quadro de referência para interpretar as relações raciais no Brasil, distinguindo entre preconceito racial "de marca" e preconceito racial "de origem". O preconceito de marca refere-se à discriminação baseada em características físicas associadas a grupos raciais, enquanto o preconceito de origem refere-se à discriminação baseada na ascendência e na história familiar. O autor argumenta que essa distinção é crucial para compreender a complexidade do racismo no Brasil, onde a miscigenação e a fluidez das identidades raciais tornam a classificação racial ambígua e subjetiva. A análise se baseia em estudos de caso e exemplos históricos, incluindo o trabalho de campo realizado por Oracy Nogueira em Itapetininga, SP, na década de 1950, destacando como esses conceitos se manifestam em diferentes contextos sociais e influenciam as interações raciais. O artigo conclui que a compreensão desses dois tipos de preconceito é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes de combate ao racismo.