Dados Bibliográficos

AUTOR(ES) Camila Fernandes , Camila Pierobon
AFILIAÇÃO(ÕES) Departamento de Antropologia Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social Museu Nacional; Universidade Federal do Rio de Janeiro; Quinta da Boa Vista, s/n - São Cristóvão Rio de Janeiro 20940-040 Brazil, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, Brazil
ANO Não informado
TIPO Artigo
PERIÓDICO Estudos Avançados
ISSN 0103-4014
E-ISSN 1806-9592
DOI 10.1590/s0103-4014.2023.37107.003
CITAÇÕES 1
ADICIONADO EM 2025-08-18

Resumo

RESUMO Este artigo discute a importância da água na vida cotidiana de mulheres que vivem em favelas e ocupações da cidade do Rio de Janeiro, pensando a água como bem vital, imprescindível para as relações de cuidados. O texto articula o debate sobre infraestrutura urbana com o de cuidado para pensarmos sobre os modos generificados e racializados de fazer cidade. Por meio de pequenos eventos domésticos, de diálogos que as autoras tiveram com suas interlocutoras ou de descrições etnográficas mais longas, o trabalho mostra como a água carrega a força do ordinário e é um dos objetos que permite ver a potência e a vulnerabilidade que a vida diária carrega em termos de gênero, classe e raça. Descreve-se o trabalho das mulheres nos processos de fazer cidade ao relacionar a precariedade de acesso à água com a subalternidade do trabalho do cuidado como aspectos coexistentes que visibilizam as condições de profunda desigualdade dos moradores de periferias.

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