Genealogia de objetos e antropologia da objetivação
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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ANO | 2002 |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Horizontes Antropologicos |
ISSN | 0104-7183 |
E-ISSN | 1806-9983 |
EDITORA | Programa de Pos-Graduacao em Antropologia Social - IFCH-UFRGS |
DOI | 10.1590/s0104-71832002000200004 |
CITAÇÕES | 8 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
MD5 |
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Resumo
O artigo defende a idéia de que a questão da gênese social de técnicas deve ser abordada levando-se em conta prioritariamente aquilo que se chama, por convenção, de 'escolhas técnicas', invertendo o procedimento habitual para estudá-las. Ao invés de explicações tautológicas que visam a esclarecer as vantagens adaptativas que tornariam necessárias a emergência de uma técnica, questiona-se, aqui, as determinações negativas da escolha: por que tal técnica não apareceu em tal contexto particular que a tornaria possível? Toda técnica resumindo-se a uma relação entre o homem e a matéria viva (nela compreendido ele mesmo) ou inorgânica, esta relação deve ser objetivável, ou seja, representável a partir do estoque preexistente de relações consideradas como possíveis no interior do conjunto cultural considerado. Esta proposição é ilustrada por uma explicação da rejeição da domesticação animal pelas populações ameríndias da Amazônia.