A respeito da materialidade do patrimônio imaterial: o caso do INRC Porongos
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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AFILIAÇÃO(ÕES) | Centro Universitário La Salle, Brasil, Escola Superior de Propaganda e Marketing, Brasil |
ANO | 2011 |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Horizontes Antropologicos |
ISSN | 0104-7183 |
E-ISSN | 1806-9983 |
EDITORA | Programa de Pos-Graduacao em Antropologia Social - IFCH-UFRGS |
DOI | 10.1590/s0104-71832011000200008 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
Resumo
O colecionamento e a conservação de 'bens culturais' vêm ganhando em complexidade pela inclusão de temas oriundos de minorias étnicas e econômicas. Apesar do consenso relativo ao conceito de patrimônio cultural proposto pela Unesco, a definição do que deve ser preservado e celebrado como 'bem cultural' pode ser objeto de lutas políticas, jurídicas, econômicas e sociais. Visando refletir sobre as consequências dessas lutas, este artigo aborda o processo de inventário de referências culturais em torno do Massacre de Porongos, evento da Revolução Farroupilha (1835-1845) que vem servindo de apoio à configuração de uma identidade negra e gaúcha no Rio Grande do Sul. Segundo os autores, apesar de se apresentar no registro de 'patrimônio imaterial', o processo de inventário possibilitou a fabricação de um 'corpo' (de textos e imagens) e a delimitação de 'lugares' (de memória) a partir dos quais os referentes culturais ditos 'imateriais' vêm se inscrever.