Dados Bibliográficos

AUTOR(ES) Carlos Alberto Steil , Isabel Cristina de Moura Carvalho , Marcelo Gules Borges
AFILIAÇÃO(ÕES) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
ANO 2015
TIPO Artigo
PERIÓDICO Horizontes Antropologicos
ISSN 0104-7183
E-ISSN 1806-9983
EDITORA Programa de Pos-Graduacao em Antropologia Social - IFCH-UFRGS
DOI 10.1590/s0104-71832015000200013
ADICIONADO EM 2025-08-18

Resumo

ResumoEste artigo é resultado de uma etnografia sobre materialidade, educação e aprendizagem realizada no contexto de uma rede local de educadoras ambientais atuantes em escolas públicas de ensino fundamental no litoral norte do Rio Grande do Sul, no Brasil. Tivemos por objetivo seguir as linhas que constituem o protagonismo da palmeira juçara, Euterpe edulis, espécie botânica conhecida popularmente como açaí da Mata Atlântica. Estivemos atentos aos seus usos nas práticas de alimentação e educação ambiental desenvolvidas pelas educadoras da Teia (Teia de Educação Ambiental da Mata Atlântica). Desde nossa perspectiva, a juçara é um outro não humano que participa de uma trama de relações sociais e materiais, entrelaçando pessoas, coisas e instituições e está no centro de um feixe de processos de aprendizagem individuais, sociais e ambientais. Dialogamos com uma noção de aprendizagem pensada a partir dos modos pelos quais experiências educativas são vividas nos termos de uma sintonia fina e dos laços de copertencimento com a dimensão não humana do ambiente, estabelecendo laços produtivos com outros humanos e não humanos. Nesse sentido, descrevemos a convivência entre as educadoras e a juçara como oportunidade para compreender formas de aprendizagem escolar e não escolar em uma comunidade rural no Rio Grande do Sul que, como qualquer outra, é constituída por um mundo mais que humano.

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