Dados Bibliográficos

AUTOR(ES) C. Fonseca
AFILIAÇÃO(ÕES) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
ANO 2015
TIPO Artigo
PERIÓDICO Horizontes Antropologicos
ISSN 0104-7183
E-ISSN 1806-9983
EDITORA Publisher 71
DOI 10.1590/s0104-71832015000200014
CITAÇÕES 5
ADICIONADO EM 2025-08-18

Resumo

ResumoNeste artigo, apoiando-me num conjunto de obras recentes, pretendo fornecer subsídios para 'situar' os comitês universitários de ética (CEPs) no Brasil dentro dum contexto político e acadêmico mais amplo. Primeiro, ao rever a narrativa de origem dos CEPs, situando o surgimento deles nos EUA dos anos 1950 e 1960, sugiro que esse modelo seja mais adequado à resolução de riscos legais da pesquisa científica do que à garantia mais abrangente do proceder ético. Em segundo lugar, evoco estilos e espaços 'alternativos' de participação popular no debate ético que permitem estranhar a ênfase dos CEPs em mecanismos de participação pontual e individualizada. Em terceiro lugar, considero a dimensão transnacional dos esforços para regular pesquisas científicas envolvendo sujeitos humanos, especialmente na indústria farmacêutica. Finalmente, trato dos debates que circundam a aplicação do modelo dos CEPs à pesquisa em ciências humanas, sublinhando algumas provocações políticas que, especialmente na área de antropologia, têm levado a novas e desafiadoras perspectivas sobre a ética em pesquisa. Meu objetivo é contribuir para um arsenal de abordagens que combata receitas fáceis, garantindo que o debate sobre os modos de regulação da ética na pesquisa científica se mantenha aberto a uma diversidade de possibilidades criativas.

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