Populações kaingang, processos de territorialização e capitalismo colonial/moderno no Alto Uruguai (1941-1977)
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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AFILIAÇÃO(ÕES) | Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN |
ANO | Não informado |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Horizontes Antropologicos |
ISSN | 0104-7183 |
E-ISSN | 1806-9983 |
EDITORA | Programa de Pos-Graduacao em Antropologia Social - IFCH-UFRGS |
DOI | 10.1590/s0104-71832020000300005 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
Resumo
Resumo O artigo procura analisar as modalidades fundamentais da atuação dos órgãos estatais (Serviço de Proteção aos Índios, governo do estado do Rio Grande do Sul e Fundação Nacional do Índio) no Rio Grande do Sul entre a população kaingang do Alto Uruguai, mais especificamente da região de Votouro, entre 1941 e 1977. O trabalho utiliza diversas fontes secundárias e a memória histórica reunida junto aos Kaingang da região em diversos trabalhos etnográficos, para reconstruir e analisar os processos históricos mais importantes acontecidos nas relações entre Kaingang, os órgãos governamentais e as frentes de expansão agrícola do capitalismo periférico. A análise está centrada nas dinâmicas e processos agenciados por essas instituições para subordinar e explorar a população kaingang com o propósito de promover a acumulação do capital. Dessa forma, analisam-se as particularidades das relações de dominação, exploração e conflito desenvolvidas nesse contexto do capitalismo colonial/moderno. Abordar-se-á o sistema de panelão como expressão específica dessa modalidade de capitalismo na região, detalhando a articulação entre capitalismo colonial/moderno e subsunção formal do trabalho entre os Kaingang.