Beleza roubada: gênero, estética e corporalidade no teatro brasileiro
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
---|---|
AFILIAÇÃO(ÕES) | Unicamp |
ANO | 2009 |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Cadernos Pagu |
ISSN | 0104-8333 |
E-ISSN | 1809-4449 |
EDITORA | Universidade Estadual de Campinas UNICAMP |
DOI | 10.1590/s0104-83332009000200006 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
MD5 |
210f786d3a6ee94e217e909941297503
|
Resumo
A partir de uma pesquisa mais ampla sobre as inflexões de gênero no campo intelectual e no teatro brasileiro, entre 1940 e 1968, o artigo discute as relações entre estética e gênero e suas implicações nas carreiras das atrizes Cacilda Becker, Maria Della Costa, Tônia Carrero e Cleyde Yáconis. Segundo testemunho dos que a viram representar, Cacilda não foi prejudicada por seus atributos físicos menos favoráveis. A hipótese é de que isso se deve às artimanhas das convenções teatrais, que permitem burlar constrangimentos físicos, sociais e de gênero. Fartamente presente na mídia para retratar, realçar ou diminuir as mulheres sob seu foco, a beleza raramente aparece como dimensão relevante na análise das trajetórias femininas. Daí o interesse em discutir essa questão através de sua refração no processo de construção social das carreiras artísticas.