Dados Bibliográficos

AUTOR(ES) Sheila Mendonça de Souza , Claudia Rodrigues-Carvalho
AFILIAÇÃO(ÕES) Fundação Oswaldo Cruz, Brazil, Departamento de Antropologia Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social Museu Nacional; Universidade Federal do Rio de Janeiro; Quinta da Boa Vista, s/n - São Cristóvão Rio de Janeiro 20940-040 Brazil
ANO 2013
TIPO Artigo
PERIÓDICO Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
ISSN 2178-2547
E-ISSN 2178-2547
EDITORA Museu Paraense Emilio Goeldi
DOI 10.1590/s1981-81222013000300005
CITAÇÕES 1
ADICIONADO EM 2025-08-18
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Resumo

Desde os anos 1880, a arqueologia dos remanescentes humanos no Brasil esteve quase restrita aos estudos osteométricos, osteológicos ou dentários em laboratório. Atualmente, a bioarqueologia avança por abordagens mais complexas, que iniciam na interpretação de estruturas funerárias e deposicionais contendo ossos humanos. Metodologias aplicáveis não apenas pelo especialista, mas também por arqueólogos generalistas, vêm sendo testadas com sucesso em campo e laboratório, auxiliando na identificação, documentação, resgate e interpretação de deposições de ossos humanos em sítios arqueológicos. Por outro lado, houve mudança nos paradigmas que dizem respeito à interpretação arqueológica dos sítios com remanescentes humanos. A interpretação dos gestos e processos que antecedem, acompanham e sucedem a deposição do morto e seus remanescentes requer leituras arqueológicas e bioarqueológicas integradas. Apenas ossos in situ são capazes de informar sobre como remanescentes humanos foram manejados em antigos atos e gestos, e sobre o modo como os sítios arqueológicos foram construídos e transformados ao longo do tempo e em torno deles. Aqui discutimos o porquê e como os ossos in situ podem ser mais informativos sobre os sítios arqueológicos do que sobre as vidas passadas que representam, e porque é importante que os arqueólogos os interpretem em campo.

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