Fazendo macumba, fazendo ebó epistemológico: os corpos em religiões de matriz africana
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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ANO | Não informado |
TIPO | Artigo |
DOI | 10.1590/scielopreprints.6793 |
ADICIONADO EM | Não informado |
Resumo
O trabalho em tela como objetivo ruminar sobre os marcadores sociais da diferença, dando a tônica para a compreensão dos corpos e das corporeidades como enunciadores e pontos centrais dessa evocação, a partir da ideia de encruzilhada e investindo em uma aposta tanto de um esgarçamento do marcador religião, adjacente a outros, como operador(es) de um ebó epistemológico que tanto evoca a agência e a macumba como um ato de fazer política a partir da noção da macumba. Escarramos pó de pemba sobre o nu dos corpos, descamando (d)enunciações que tanto afrografam essas corporeidades que têm como centralidade a ancestralidade. Constatamos em nossas observações e constantes diálogos retornados, nos cinco cultos de matriz africana elencados, como os marcadores são sazonais e tanto dizem de processos/movimentos de reconhecimento e visibilidade, ao passo que as oralituras desses corpos encontram pontos focais de fuga à colonialidade a partir da transgressão à hegemonia ao resgatar um modo político e actante de ressignificar os cruzos do colonialismo que objetificam e desubjetivam esses corpos-sujeitos, cuja semiologia encontra lugar nas emoções religiosas, as quais reverberam em afetos, discursos e modos de colocação no mundo a partir da cosmopercepção, dentro de uma ontologia local que coloca em jogo os marcadores ao viver uma filosogia-política-religiosa a partir do corpo como macumba-actante e da ontologia amefricantlatizada.