Dados Bibliográficos

AUTOR(ES) Ricardo Oliveira Freitas
ANO 2017
TIPO Article
PERIÓDICO Antropolítica: Revista Contemporânea de Antropologia
ISSN 1414-5301
E-ISSN 2179-1406
EDITORA Department of Anthropology, Center for Middle East Studies, Universidade Federal Fluminense, Niteroi, Brazil
DOI 10.22409/antropolitica2016.1i40.a433
ADICIONADO EM 2025-08-18

Resumo

O texto ora apresentado analisa o modo com que jovens integrantes de terreiros, aqui tratados por jovens de axé, se apresentam e se auto-representam (através de selfies) como o que são nas redes sociais (youtube, instagram e facebook), a fim de obterem reconhecimento junto à esfera pública política. Para tanto, faz uma análise da importância das redes sociais para dar visibilidade a uma dita identidade religiosa juvenil afro-brasileira, que tem na estética, no corpo e nos modos de corporeidade os mais eficazes atributos para a criação de uma (auto) imagem e imaginário do jovem de axé, num tipo de 'imagem do eu' ou de 'imagem-estilo-de-vida' que reflete diretamente no campo das produções simbólicas e das representações acerca da juventude de terreiros. Ao reconhecermos que o consumo na contemporaneidade é mais um consumo de imagens que, propriamente, de materialidades, podemos afirmar que a produção de imagens será determinante para a conquista de uma 'cidadania visual'. Com base na exposição de expressões estéticas próprias, nossa crença é de que os jovens de axé elaboram, através de suas imagens, uma contrainformação sobre si, por meio de experiências de subjetividades individuais e coletivas, singulares e universais, compromissadas com a ação política em defesa do reconhecimento da diversidade étnica e cultural e do combate à intolerância.

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