(Re)classificando espaços e identidades: as reservas nativas sul-africanas na Namíbia desde dentro e às margens (1940–1970)
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
---|---|
ANO | 2015 |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Anuário Antropológico |
ISSN | 0102-4302 |
E-ISSN | 2357-738X |
EDITORA | Publisher 15303 |
DOI | 10.4000/aa.1384 |
CITAÇÕES | 1 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
Resumo
A maior parte do que foi escrito sobre a experiência das comunidades hereros vivendo nas 'reservas nativas' da Namíbia durante os anºs 1940–1970 — reconhecido como o período formativo do ativismo político nacionalista — trata dos embates entre as lideranças africanas do território e a administração colonial sul-africana, que começava a implementar o apartheid na região. Neste artigo, sugere-se que a oposição ao domínio europeu não caracteriza, de modo unívoco, a experiência dessas populações nesse período, já que é ditada, antes de tudo, pelos desafios concretos que elas enfrentaram para sobreviver nas áreas que lhes foram alocadas: regiões ecologicamente desfavoráveis para suas comunidades e para seus rebanhos, estes, sua principal fonte de subsistência. Além disso, afirma-se que essa luta está articulada a diferentes formas de classificar espaços e identidades e, particularmente, aos significados associados à terra, que subsidiam a ideologia e os termos da luta herero contra a opressão.