Dados Bibliográficos

AUTOR(ES) C. Fonseca
AFILIAÇÃO(ÕES) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
ANO 2020
TIPO Artigo
PERIÓDICO Anuário Antropológico
ISSN 0102-4302
E-ISSN 2357-738X
EDITORA Publisher 15303
DOI 10.4000/aa.5871
CITAÇÕES 3
ADICIONADO EM 2025-08-18

Resumo

Neste artigo, vendo nosso universo como um espaço político atravessado por diversas verdades morais e científicas, nos guiamos pela pergunta: como se determina a evidência científica que define a versão última da política de combate à hanseníase no Brasil e no mundo? Inspirados pelos estudos de ciência e tecnologia, assim como pela antropologia de políticas sociais, nossos interesses convergem numa antropologia de infraestrutura. Examinamos os efeitos provocados pelos diversos atores humanos e não humanos, focando primeiro na 'doença em andamento' (envolvendo corpos, bacilos e nomenclaturas médicas), passando às estatísticas e metas das campanhas internacionais para 'eliminar' a hanseníase (incluindo protocolos, medicamentos e estatísticas da saúde global), para desembocar na contenda cercando uma proposta de mudança no regime de tratamento (disputada por experts locais, nacionais e internacionais). Na disputa atual, vemos como, através de alianças políticas que se estendem de um lado a outro do globo, a ecologia de saberes especializados se mexe, provocando uma redefinição inesperada na hierarquia de evidências autorizadas.

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