A 'Judicialização do Amor': sentidos e paradoxos de uma Justiça 'engajada'
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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ANO | Não informado |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | CAMPOS - Revista de Antropologia Social |
ISSN | 1519-5538 |
E-ISSN | 2317-6830 |
EDITORA | Publisher 74 |
DOI | 10.5380/cam.v9i1.13871 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
Resumo
Este artigo investiga o campo de intervenção judicial da infância e juventude, dirigindo sua atenção para as transformações nos sentidos e práticas de agentes judiciais após a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990). Descrevem-se os significados que configuram, na prática, a mudança nesse espaço de intervenção social e a motivação profissional para o engajamento desses agentes. O argumento do texto é que, num cenário no qual se enfatizam a participação comunitária e a mobilização social para constituição de direitos, os agentes judiciais investem em um conjunto de dispositivos para legitimar sua atuação que casam o 'capital jurídico' com o que poderia ser chamado de 'capital militante', expresso nos ideais de participação comunitária e de uma 'justiça engajada'. A compreensão desses novos dispositivos de legitimação judicial, assim como a reflexão sobre seus paradoxos são o foco deste texto.