Dados Bibliográficos

AUTOR(ES) Raquel Oliveira Santos Teixeira , Andréa Zhouri
ANO Não informado
TIPO Artigo
PERIÓDICO CAMPOS - Revista de Antropologia Social
ISSN 1519-5538
E-ISSN 2317-6830
EDITORA Universidade Federal do Parana
DOI 10.5380/campos.v14i1/2.42473
ADICIONADO EM 2025-08-18
MD5 ac5b9a2b79f183c57c31c7dfa6fc3478

Resumo

No Médio Jequitinhonha, as chamadas terras de herança se constituíram expostas a experiências de expropriação e às dificuldades colocadas pela exiguidade de seu território. Tais condições conformaram historicamente um quadro de intenso agenciamento sobre a disposição e a transmissão da terra, compondo uma gramática local de costumes sucessórios orientados para a garantia da reprodução social das famílias. Estas localidades compreendem, hoje, domínios espaciais de pertencimento, trabalho e moradia designados localmente como terras no bolo. Estes territórios de parentesco se encontram atualmente ameaçados pela implantação de barragens hidrelétricas na região. Centrados numa perspectiva fundiária que tem como referência o proprietário individual e suas benfeitorias, os sistemas de avaliação e mitigação dos impactos mantém ignoradas as formas coletivas de gestão do patrimônio familiar. Esse quadro permite vislumbrar os danos irreparáveis a serem produzidos sobre os sistemas locais que se encontram assentados sobre a terra imbolada e os direitos traçados

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