O paradoxal estatuto do conhecimento jornalístico: entre a desconsideração e o protagonismo do saber produzido pelas notícias nas sociedades modernas
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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ANO | 2011 |
TIPO | Book |
PERIÓDICO | Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação |
ISSN | 1809-5844 |
EDITORA | FapUNIFESP (SciELO) |
DOI | 10.1590/s1809-58442011000200009 |
ADICIONADO EM | 2025-08-29 |
Resumo
O conhecimento jornalístico gera um debate paradoxal: por um lado, é considerado a forma mais adequada de conhecer o presente e os fatos distantes, tornando-se central nas sociedades modernas; por outro, é visto como um conhecimento insuficiente, fragmentado e ideologicamente comprometido com a realidade social. Este artigo questiona o estatuto do conhecimento jornalístico nas sociedades modernas, inserindo a discussão no contexto da crise das narrativas e da ciência como verdade. Seus efeitos atingem o jornalismo de forma particular, instaurando um dilema: se não pode legitimar-se em sua cientificidade, estaria mais próximo do conhecimento do senso comum? Para investigar essa questão, o artigo compara duas perspectivas teóricas fundadoras sobre o conhecimento noticioso: a do alemão Tobias Peucer, no século XVII, e a do americano Robert Park, no século XX. A comparação busca observar as mudanças e permanências nas práticas noticiosas para compor um ethos do conhecimento jornalístico.