A rede de Vogel: armadilhas como obras de arte e obras de arte como armadilhas
armadilhas como obras de arte e obras de arte como armadilhas
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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ANO | 2022 |
TIPO | Book |
PERIÓDICO | arte e ensaios |
ISSN | 2448-3338 |
DOI | 10.37235/ae.n8.18 |
ADICIONADO EM | 2025-08-29 |
Resumo
Este artigo explora a complexa relação entre arte e artefato, questionando as distinções tradicionais entre objetos artísticos e utilitários. A partir da perspectiva da teoria da arte de Arthur Danto, o autor argumenta que a interpretação desempenha um papel crucial na definição de um objeto como arte. Para ilustrar esse ponto, Gell utiliza o exemplo de armadilhas de caça, demonstrando como esses objetos, tipicamente considerados utilitários, podem ser interpretados como obras de arte. Ele argumenta que as armadilhas incorporam ideias e intenções complexas sobre a relação entre humanos e animais, refletindo a compreensão do caçador sobre sua presa e o ambiente. Ao analisar as armadilhas como objetos estéticos, Gell revela as narrativas e os significados culturais embutidos nesses artefatos, desafiando a noção de que a arte se limita a objetos criados com a intenção primária de serem esteticamente agradáveis. O artigo conclui que a definição estritamente estética de arte é inadequada para capturar a complexidade e a diversidade de objetos que podem ser considerados artísticos.