Léon Chestov e a Filosofia Existencial de Kierkegaard: um exercício de hermenêutica não sistematizado
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
---|---|
ANO | 2020 |
TIPO | Book |
PERIÓDICO | Revista Ética e Filosofia Política |
ISSN | 2448-2137 |
EDITORA | Publisher 166 |
DOI | 10.34019/2448-2137.2019.31112 |
ADICIONADO EM | Não informado |
Resumo
Este artigo examina a interpretação de Léon Chestov sobre Søren Kierkegaard, apresentada em sua obra "Kierkegaard e a Filosofia Existencial". Chestov caracteriza Kierkegaard, assim como Dostoiévski, como uma "voz que clama no deserto" por se opor à filosofia ocidental hegeliana. Ele defende a filosofia existencial como uma forma de dissidência, contrastando a "Verdade Revelada" com a "Verdade Especulativa" socrática. Seguindo uma tradição que inclui Tertuliano, Pedro Damião, Duns Escoto, Lutero e Pascal, Chestov define o absurdo kierkegaardiano como a transcendência que ultrapassa a razão. A filosofia ocidental tradicional é vista como uma celebração da Queda bíblica, enquanto a filosofia existencial simboliza a Árvore da Vida, oferecendo liberdade e transcendência em oposição às abstrações e à ética imposta.