O silêncio dos juristas: a imunidade tributária sobre templo de qualquer culto e as religiões de matriz africana à luz da Constituição de 1988
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
---|---|
ANO | 2017 |
TIPO | Book |
PERIÓDICO | REVISTA QUAESTIO IURIS |
ISSN | 1981-1821 |
EDITORA | Universidade de Estado do Rio de Janeiro |
DOI | 10.12957/rqi.2017.23635 |
ADICIONADO EM | 2025-08-29 |
MD5 |
5d1060da50526e4816ac45e5018914ac
|
Resumo
Este artigo analisa a imunidade tributária conferida a templos de qualquer culto pela Constituição de 1988, à luz das religiões de matriz africana. Os autores argumentam que a interpretação predominante do dispositivo constitucional, que desconsidera as especificidades dessas religiões, contribui para a perpetuação de desigualdades históricas e para a marginalização dessas comunidades. O estudo examina a construção histórica da imunidade tributária religiosa no Brasil, desde o período colonial, e a sua relação com o processo de discriminação e intolerância religiosa direcionado às religiões afro-brasileiras. A partir de uma análise crítica da jurisprudência e da legislação pertinente, o artigo defende uma interpretação da imunidade tributária que leve em conta a diversidade religiosa brasileira e que promova a efetiva igualdade entre os diferentes cultos, garantindo o livre exercício da religiosidade das comunidades de terreiro.