Entre a experiência mística e o delírio, um encontro da Psicanálise com a Filosofia da Religião
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
---|---|
ANO | 2024 |
TIPO | Book |
DOI | 10.52521/occursus.v9i1.12385 |
ADICIONADO EM | 2025-08-30 |
Resumo
O presente artigo tem como objetivo esclarecer através da luz da psicanálise e da filosofia da religião uma diferenciação entre a experiência mística e o delírio religioso. Para tanto, iremos nos deter aos autores clássicos da psicanálise aliançados a casos clínicos, e correlacionar com a filosofia, para encontramos respostas mais amplas sobre nossos questionamentos. Para isto, utilizaremos de uma análise conceitual. Para a psicanálise a experiência mística pode ser tanto um produto de desejos e fantasias inconscientes, que buscam satisfazer necessidades psicológicas profundas, quanto uma tentativa de encontro com o absoluto e a transcendência que se manifesta na estrutura psíquica do sujeito. Entretanto, estas experiências podem ser, também, manifestações delirantes, as quais devem ser muito bem diferenciadas entre a experiência saudável e a histérica ou psicótica. Já na filosofia, existe uma busca por uma compreensão mais ampla da linguagem religiosa e mística, enfatizando sua natureza particular e o desafio de comunicar essas experiências além das limitações da linguagem, questionando crenças falsas e possíveis crenças verdadeiras acerca do tema.