Dados Bibliográficos

Resumo

Este artigo explora a construção social da bio(in)segurança em torno da base de dados de perfis de ADN em Portugal. Através de uma abordagem etnográfica, Helena Machado analisa as práticas e discursos dos atores envolvidos na criação e gestão da base de dados, incluindo cientistas forenses, legisladores e a população em geral. O estudo examina como a tecnologia do ADN é enquadrada como uma ferramenta para garantir a segurança e a justiça, ao mesmo tempo que problematiza as implicações éticas e sociais da sua utilização, nomeadamente no que diz respeito à privacidade, vigilância e discriminação. A autora argumenta que a bio(in)segurança é um conceito fluido e contesta a ideia de que a base de dados de perfis de ADN é neutra e objetiva, revelando as complexas negociações de poder e as tensões entre segurança individual e coletiva que a moldam.

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