A real história do Plano Real
Dados Bibliográficos
ANO | Não informado |
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TIPO | Book |
IDIOMA | POR |
ADICIONADO EM | 2025-09-02 |
Resumo
<div> <p align="justify">O Real revolucionou o cenário econômico do país ao garantir a estabilidade após um largo período de hiperinflação. A memória inflacionária, que alimentava a remarcação automática dos preços, desapareceu com a ajuda do engenhoso mecanismo da Unidade Real de Valor (URV), a moeda virtual que antecedeu o real, um feito único no mundo, mas não foi suficiente para acabar com a memória do curto prazo no país. Quase trinta anos depois, as relações econômicas funcionam como se o Brasil ainda vivesse na era da inflação descontrolada, enquanto que o desequilíbrio fiscal mantém-se como um perigoso foco de instabilidade.</p> <p align="justify">Em A real história do Plano Real, Maria Clara conta em uma narrativa de fôlego minúcias do processo de criação do Real e das discussões entre os economistas que o conceberam. Traz a reprodução de alguns escritos de autoria dos formuladores sobre os aspectos mais sensíveis do plano que circularam em meio à equipe econômica, à medida em que evoluíam as discussões para a implementação do Plano Real. Revela, ainda, os desdobramentos e implicações na esfera financeira internacional, no âmbito da economia interna, no campo das pressões políticas e das iniciativas de comunicação que ajudaram a rápida aceitação da nova moeda pela população.</p> <p align="justify">O livro cobre um período de mais de seis anos: desde agosto de 1992, quando se iniciaram as articulações para viabilizar o governo de Itamar Franco após o impeachment de Collor de Mello, até a maxidesvalorização de janeiro de 1999 que ameaçou seriamente o real e levou o Banco Central a corner.</p> <p align="justify">Lançado em versão impressa em 2005, A real história do Real volta ao mercado em versão digital, e um ligeiro ajuste no título, com a finalidade de manter viva esta inigualável experiência de estabilização para as jovens gerações.</p> <p align="justify">Serve, ademais, para realçar a condição imprescindível de harmonia e respeito entre os Poderes da República, nos seus diferentes níveis de administração, para o sucesso de uma moeda cunhada no consenso democrático.</p> <p align="justify"><strong>Maria Clara Rios de Melo do Prado</strong> é carioca, formada em Comunicação Social pela PUC do Rio de Janeiro e pós-graduada em Desenvolvimento Econômico pela Universidade de Oxford (Inglaterra). Iniciou sua carreira jornalística na editoria de economia do Jornal do Brasil, no Rio, na cobertura do mercado de commodities, tendo atuado também na sucursal do JB em Brasília. Ainda nesta cidade, onde residiu por bom tempo, atuou como repórter e editora da sucursal do jornal Gazeta Mercantil, dedicando-se ao acompanhamento de assuntos econômicos e financeiros, com especialização nas questões relacionadas ao Banco Central.</p> <p align="justify">Ao longo de 1994 e de 1995 esteve à frente da Coordenadoria de Divulgação do Plano Real, lotada no Ministério da Fazenda, em Brasília, oportunidade em que participou das discussões da equipe econômica que definiram o arcabouço do programa de estabilização e viabilizaram sua implementação.</p> <p align="justify">Na segunda metade dos anos 90 foi correspondente internacional em Londres pela Gazeta Mercantil, função que lhe permitiu fazer a cobertura dos assuntos econômicos internacionais de maior evidência daquele momento, como as negociações preparatórias entre os países da União Européia para a introdução do euro. Retornou ao Brasil para assumir a função de colunista daquele jornal, sediada em São Paulo.</p> <p align="justify">Em 2005, lançou o livro “A real história do Real”, na versão impressa, pela Editora Record. Em 2014, foi fellow no Reagan-Fascell Democracy Fellowship, vinculado ao National Endowment for Democracy (NED), em Washington, ocasião em que se dedicou a avaliar a relação de causalidade entre políticas de redistribuição de renda e processos democráticos mais abrangentes, inclusivos e representativos, com foco no Brasil. Desde 2003 assina coluna no jornal Valor Econômico.</p></div>