Das amplitudes abertas e da mobilidade continental dos paleoameríndios à marginalidade itinerante na atualidade
Dados Bibliográficos
| AUTOR(ES) | |
|---|---|
| AFILIAÇÃO(ÕES) | Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN |
| ANO | Não informado |
| TIPO | Artigo |
| PERIÓDICO | Horizontes Antropologicos |
| ISSN | 0104-7183 |
| E-ISSN | 1806-9983 |
| EDITORA | Programa de Pos-Graduacao em Antropologia Social - IFCH-UFRGS |
| DOI | 10.1590/1806-9983e710404 |
| ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
Resumo
Resumo Estudo sobre a territorialidade de longa duração das ontocosmoecologias originárias na região meridional-oriental da América do Sul em sua adaptação primeva às amplitudes pleistocênicas abertas (desérticas e estépicas) numa mobilidade continental que se manteve com o advento da tropicalização holocênica e perpetuada como marginalidade itinerante (dispositivo anticolonial) dos ameríndios até hoje. O enfoque surgiu do acúmulo de dados etnográficos obtidos em dezenas de comunidades ameríndias da região por mais de 30 anos, particularmente entre os Mbyá-Guarani e os Kaingang, agregando convergência com interpretações da etnologia e da antropologia sobre a condição humana pensada e simbolizada enquanto hibridismo com o não humano. Os ameríndios atuais entendem-se híbridos com intencionalidades em consubstâncias do não humano e de outros humanos colocados em relação, entendimento projetado como existente desde os tempos paleoameríndios. O hibridismo serve também para escapar da rígida separação clássica entre as tradições arqueológicas da região.