Funkeiros, timbaleiros e pagodeiros: notas sobre juventude e música negra na cidade de Salvador
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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AFILIAÇÃO(ÕES) | Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estudos Interdisciplinares e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução and Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brazil |
ANO | 2002 |
TIPO | Artigo |
PERIÓDICO | Cadernos CEDES |
ISSN | 0101-3262 |
E-ISSN | 1678-2087 |
EDITORA | Centro de Estudos Educacao e Sociedade |
DOI | 10.1590/s0101-32622002000200006 |
CITAÇÕES | 1 |
ADICIONADO EM | 2025-08-18 |
MD5 |
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Resumo
Neste artigo, pretendo discutir como, num contexto racializado da associação entre juventude negra e música, surgem experiências que se desenvolvem como marcas identitárias, crítica social e ratificação de hierarquias raciais, de classe e gênero. Para tanto, trabalho com as idéias de juventude e geração como dado biológico, tanto quanto social e histórico, e com a idéia de música como sentido compartilhado. Além disso, rediscuto minhas notas etnográficas e de outros autores que refletiram sobre a relação entre música e juventude negra, cujos jovens observados, em contextos diversificados, são basicamente suburbanos, pobres e 'negro-mestiços' com baixo grau de escolaridade, alguns com baixa capacidade de consumo, outros consumidores ansiosos. Concluo apontando para a importância da música como instrumento configurador de uma experiência juvenil e negra afro-diaspórica, mas também como instrumento repositor de antigas dessemelhanças que não estão nos genes.