Itinerários vegetais, ou da inconstância da aldeia banawá
Dados Bibliográficos
AUTOR(ES) | |
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ANO | 2020 |
TIPO | Book |
PERIÓDICO | Maloca: Revista de Estudos Indígenas |
ISSN | 2675-3111 |
E-ISSN | 2675-3111 |
EDITORA | Fundacao Universidade Federal de Rondonia |
DOI | 10.20396/maloca.v3i00.13482 |
ADICIONADO EM | 2025-08-29 |
Resumo
As transformações vividas pelos Banawá (Arawá, Purus) nas últimas décadas remetem a um movimento em que as figuras de alteridade, sejam elas vegetais ou humanas, produzem uma oscilação constante entre a itinerância e a estabilidade. Incapazes de serem confinados na condição de “nômades” ou de “sedentários”, os Banawá desenvolvem práticas que também não se circunscrevem ao que convencionalmente se conhece como “caça e coleta”, por um lado, ou “agricultura”, por outro. Um olhar atento sobre a mitologia e sobre as relações com a floresta revelam que os processos de “perda da agricultura”, ou de retomada, alternância ou incorporação, se constituem como escolhas políticas. Nesse sentido, aldeia, roça e floresta não expressam tanto geografias da permanência ou da mudança, mas topologias inspiradas na inconstância da vida coletiva.